Apresentação aconteceu no último domingo (29), na sacadura 154
Foto: Fabricio Sousa (@fabriciosouza.jpg)
Sabe quando duas bandas que são referências mundiais dentro do seu próprio estilo que dominam e decidem se unir para uma noite de apresentação, é quase certeiro que esse dia pode entrar pra história e certamente foi isso que aconteceu.
De um lado irreverente banda de punk rock da Californiana Black Flag no qual foi fundada pelo lendário guitarrista Gregg Ginn em 1976 e no outro lado completando o time, as damas L7, o quarteto feminino mais famoso do grunge dos anos 1990, que seguem na ativa com a mesma formação de seu período clássico contando com a guitarrista e vocalista Donita Sparks, Suzi Gardner também guitarra e vocais, Jennifer Finch no baixo e fechando a equipe a Demetra Plakas na bateria.
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E os trabalhos de abertura da noite ficaram sob a responsa da galera do Mukeka Di Rato, que apesar da tarefa difícil de inaugurar a grande noite, a icônica banda de Vila Velha com mais de vinte de anos de atividade não não deixou a peteca cair e mandaram o melhor do hardcore/pop punk brasileiro.
Pois bem, logo a garotada do mukeka esquentar os motores, era a vez das ladys do grunge, que assim que subiram no palco, parecia uma força da natureza, aquelas quatro mulheres fazendo um rock n roll de primeira linha, qualidade excelente, som dos instrumentos estavam em harmonia perfeita, sem do público que pulava sem parar, ainda mais que o início da apresentação contou com as delirantes “Deathwish” e “Andres”, que logo em seguida, para fazer a galera ir de vez ao delírio, a clássica “Everglade” levou aquela público presente para outra atmosfera.
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Na sequência do show, ao longo das 23 músicas executadas, o público pode voltar no tempo e saborear a verdadeira qualidade do grunge raiz, músicas “Monster”, “Diet Pill”, “Shitlist” e a explosiva “Pretend We’re Dead”, foram as músicas mais bem detonadas pelo grupo em que a plateia faltava voar dando que saíram do chão.
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Logo mais, após a surpreendente apresentação do L7, era a vez do Black Flag chegar com pé na porta e manter a energia da galera aquecida e fazer daquele dia uma noite inesquecível e histórica, além do fundador Greg Ginn na guitarras, a formação atual conta com a lenda histórica do skate mundial Mike Vallely nos vocais que está presente desde a primeira reunião em 2003, Harley Duggan no baixo e Charles Wiley bateria.
A atual turnê do grupo se concentra em executar seu clássico segundo álbum “My War”, na íntegra, além de diversos outros hits que fazem a galera bater cabeça ao verdadeiro estilo Punk Rock Californiano, e o início do show não poderia ser diferente, a faixa que abriu a apresentação foi a própria faixa-título “My War” e logo depois veio as pedradas com “Can't Decide” e “Beat My Head Against the Wall”
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Dito isso, diante de tamanha força bruta, o show teve que ser dividido em dois atos, e até antes do pit stop de 10 minutos, Mike Vallely até brincou com o público: “vamos para um pequeno break e em breve voltaremos”.
E quando voltaram, não teve uma alma que ficou parada no corpo, parece até que a banda voltou com o dobro de energia, prontos para dar aula de punk rock, com uma sequência devastadora de hits, “Nervous Breakdown”, “Fix Me” e “I’ve Had It” abriram o 2º round.
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E como de costume em um show de Hardcore, nada de discurso ou firulas, já acaba uma música e já caía dentro de outra, não dando tempo nem da galera respirar, foi assim na sequência matadora em “Gimmie, Gimmie, Gimmie” e “Six Pack”.
Com isso chegando na reta final do show que encerra a passagem do Black Flag que passou por cidades como Porto Alegre, Curitiba e São Paulo, a banda agradecia o público por comparecer e pra fechar com chave de ouro “TV Party”, “Rise Above” e o magnífico cover de Richard Berry, “Louie Louie” que costumam fechar sempre as apresentações da banda.
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Assim, desse jeito, com duas apresentações espetaculares que quem saiu de casa no domingo pra ver essas duas bandas lendárias, não se arrependeu nem um pouco, L7 que estava sem vir por aqui por quase 5 anos e o Black Flag quase 3 anos, deixaram o público com aquele gostinho de querer voltar mais vezes e realmente tomarem que voltem logo.
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