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Foto do escritorAllan de Menezes

Forfun: após 9 anos da despedida, banda se reencontra com público carioca em um show nostálgico e emocionante

Apresentação aconteceu na Marina da Glória


Créditos: Juliana Cerdeira (@julianacerdeira_)


Após passar por algumas cidades, como São Paulo, Fortaleza, Curitiba, chegou a vez do quarteto carioca do Forfun jogar em casa, e como sabemos, toda vez que o time joga em casa, tem a vantagem de ter a própria torcida em peso, com o poder de fazer a energia atingir outra atmosfera e com Forfun na Marina da Glória não seria diferente.


Créditos: Juliana Cerdeira (@julianacerdeira_)


O último show da carreira antes do hiato foi bem ali pertinho na Fundição Progresso, e como dessa vez, um reencontro repleto de energia, amor e grandiosidade, nada mais justo um lugar com a energia diferenciada, com vista para Pão de Açúcar, Baía de Guanabara e o Cristo Redentor.


A apresentação de abertura ficou por conta do Dibob, conhecido grupo da cena carioca que caminhou por muitos anos ao lado do Forfun, costumavam fazer bastantes shows juntos em diversas Lonas Culturais espalhadas pela cidade. Assim, por volta das 19:20, subiu ao palco para dar o pontapé inicial da sequência de 3 shows na Marina da Glória que promete entregar tudo que o fã de hardcore carioca espera.


Créditos: Juliana Cerdeira (@julianacerdeira_)


Começando o show com a música “Só Alegria”, música lançada há 3 anos, que marcou um lançamento da banda em 14 anos, para mostrar ao quão boa a nova fase que a banda se encontra, além disso, a galera da bandaconhecida por fazer show cheio de energia, esse não seria diferente, apesar do pouco tempo de apresentação, a banda desfilou hits do seu clássico disco “O Fantástico Mundo”, como “Dibob”, “Seja Sincera” e “Foi Difícil”.


Entre uma puxada de assunto com o público e os momentos de afinar os instrumentos, a banda chegou a puxar um medley de alguns funks carioca raiz para galera se divertir, no entanto, Dedeco e cia estavam ali para mostrar o quanto Dibob segue na ativa e vivo na cena do rock carioca, e já no final do show tocaram uma música nova que o clipe havia sido lançada ontem mesmo chamada de “Longe Daqui” e para fechar a primeira de três apresentações do grupo nesse final de semana que promete, “1x0 Eu!” o grande hino atemporal da banda, que se você for em qualquer festinha com tema anos 2000 hoje em dia, é obrigatório o Dj tocar ela, para relembrar daquela paixão que não deu tempo ou daquele tempo passado.


Assim, com os motores já devidamente aquecidos, com o público mais ansioso do que antes, pois, não há Forfun sem Dibob na história do Riocore, e com isso se aproximando do horário previsto para começar o show, um pequeno atraso ia aparecendo no relógio dos mais impaciente, com a lua cheia vermelha iluminando a formosa Baía de Guanabara, as 21h, Forfun subia ao palco para incendiar totalmente a Marina da Glória


Créditos: Juliana Cerdeira (@julianacerdeira_)


Abrindo o show do jeito mais Forfun possível, com muito energia com muita entrega, ao som de “Hidropônica”, felicidade dessa vez não era o fim de tarde olhando o mar, felicidade dessa vez foi ver o retorno dessa entidade chamada Forfun após 9 anos longe dos palcos, e nem a gravidade foi capaz de segurar o público extasiado que já começou a cantar desde o primeiro segundo da nota musical executada, e nem dois minutos de show, já tinham o público na mão logo de cara. Por hora, nem terminaram a primeira música e já tocaram “Good Trip”, sem ao menos um segundo para respirar, o público está realmente disposto a corresponder todo o tempo de saudade dessa banda que sabe como ninguém, transpirar amor, leveza e a mensagem de que, se você tem problemas, independente do que esteja passando, no show da banda tudo isso some, tudo isso desaparece.


Depois de uma dose dupla de serotonina, era vez de abaixar os fôlegos, respirar com a sequência do disco “Polisenso” que viria com “Suave”, “O Viajante” e “Sol e Chuva”,  que para muitos se trata de uma fase mais madura do grupo, quando já a áurea da banda se caminhava em outra direção, diferente do primeiro disco que era aquele Hardcore fininho.


Créditos: Juliana Cerdeira (@julianacerdeira_)


Um momento que foi destaque no meio da apresentação que foi surpresa para muitos, para que os poucos que sabiam souberam fazer o melhor Flashmob possível, durante a execução de “Largo dos Leões” uma pequena parte da galera durante a frase “É carnaval!” fizeram chuva de confeites, apesar do mês de agosto, marcha de carnaval, confeites e aterro do flamengo, dá até para sentir um pouco de gostinho de carnaval fora de época.


Portanto, após esse pequeno momento diferente de Flashmob, a banda seguiu o show com canções que se destacaram no álbum “Alegria Compartilhada”, músicas como “Dissolver e Recompor”, “Morada” e “Minha Jóia”.  E assim chegando na metade do show, parecia que o grupo estava leve e o público flutuava junto, e para transportar a alma para outra atmosfera, foi montado um palco acústico na frente bem mais próximo da beira do palco, dizem que era para banda sentir mais o calor humano, sentir e poder fazer essa troca de energia.


Créditos: Juliana Cerdeira (@julianacerdeira_)


Trazendo algumas versões do disco “Teoria Dinâmica Gastativa” em formato acústico, uma baita novidade, já que se trata do disco responsável pelo sucesso estrondoso da banda, são músicas conhecida por serem mais rápidas na pegada hardcore, mas impossível dizer que “4am”, “O melhor Bodyboarder da minha rua” e “Mentalmorforse” num tenham ficado lindas numa versão mais intimista que contou até com participação de um violoncelo, e que para o momento ainda restou uma bela homenagem à bossa nova, com uma sofisticada execução de “Garota de Ipanema”.


Desse modo, Forfun já passando por quase toda discografia da banda, quase 1 hora e meia de show, mostrou que ainda tinha muita lenha para queimar, que a primeira das três noites aparecia só estar começando, e com isso Danilo até comenta com o público que estava na hora de voltar ao som porradeiro e jogar a adrenalina do topo para fechar o dia com chave de ouro.

Dito e feito, voltaram ao som porrada da melhor forma, com “Gruvi Quântico”, e na sequência com “Cosmic Jesus” e “Alegria Compartilhada”. E assim, com o sentimento de quase dever cumprido, ainda faltavam as principais músicas, aquelas que tocavam sem parar na MTV, aquelas que marcaram gerações, continuam marcando e ainda vão respirar o ar da juventude por muito tempo, músicas que vão fazer parte da constelação de fãs de todo público que esteve presente.


Créditos: Juliana Cerdeira (@julianacerdeira_)


Após uma breve pausa para o Bis, aquele momento de respirar fundo, entender melhor o sentimento que transborda sem parar, tanto para a banda como para o público, pois a sequência que estar para virar, é para nenhuma alma, corpo e espírito ficar um segundo sequer parado, a trinca de ouro do disco de platina. Voltaram com força máxima 200km por hora, com “Constelação Karina”, “Seu namorado” e “Cara esperto”, mesmo chegando ali por volta de 2h de show, o fiel público do forfun demonstrava que ainda tinha energia suficiente de sobra para cantar as duas últimas músicas do set com os pulmões a todo gás, e como tudo que é bom, tem seu fim, mas para fechar com chave de ouro a primeira noite, a banda convidou Dedeco do Dibob para subir ao palco e tocar “Costa Verde”, parceria já clássica de inúmeras apresentações, para o fã raiz do forfun já até sabia que isso era certo de acontecer.


E como toda boa memória afetiva, todo livro de recordação é construído por uma linda história, o ritual do Forfun sempre tem o melhor roteiro, e que o tempo de espera por encontro não tem mais importância, e como diz a música, “a vida se renova e disso não tem como fugir” e renovou, e a entidade Forfun voltou para dizer que a luz de dentro nunca se apagou, e que ciclos se fecham e se iniciam e tudo pode acontecer, com isso “História de verão” um dos clássicos absolutos da banda fechou o primeiro grande dia, da banda que começou no Rio de janeiro, terminou no Rio de Janeiro e volta para casa pra poder abraçar aqueles que sentiam a mais sincera saudade, e time quando joga em casa, é sempre goleada.


Créditos: Juliana Cerdeira (@julianacerdeira_)




Forfun retorna em novembro ao Rio de Janeiro para encerramento da turnê com show no estádio do Engenhão, com as bandas Scracho, Dibob e Darvin e muito mais.






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