Apresentação aconteceu no dia 5 de Junho, no Vivo Rio.
Crédito: Tháis Monteiro / @thaclicando
Dois anos após tocar no festival Primavera Sound em São Paulo e uma rápida passagem no Rio de Janeiro abrindo show do Arctic Monkeys, os nova-iorquinos, Daniel Kessler, Paul Banks e Sam Fogarino, aterrissaram dessa vez em solo brasileiro para tocar na íntegra seus dois primeiros álbuns , "Turn on the Bright Lights" de 2002 e "Antics" de 2004.
Com o show marcado para as 21 h, a banda subiu ao palco bem pontualmente, com uma iluminação bem escura em tons vermelhos, de um jeito bem tímida, a banda traz consigo uma sonoridade cheia de linhas de baixo e guitarras harmoniosas, trazendo o estilo pós-punk novamente em destaque, deixando o público já animado logo de cara.
Crédito: Tháis Monteiro / @thaclicando
Como hábito frequente nessa turnê, o grupo divide o show por etapas, a primeira toca um álbum e por seguinte o outro, de certo modo revezando entre as cidades, e nesse show do Rio de Janeiro, a bola da vez que foi escolhida para primeira etapa o "Turn on the Bright Lights", e a música escolhida para começar com pé direito esse grande show foi “Specialist”, uma super b-side que veio como um presente para os fãs em comemoração de aniversário do disco em 2012, e para abertura do espetáculo, a música caiu como uma luva, pois foi bem recepcionada pelos fãs.
Seguindo nota pós nota, através do disco que marcou a estreia da banda, vieram sucessos como “PDA”, “Obstacle 1”, “Rolland” e a incrível “The New” que fechou o set da primeira etapa.
Após uma breve pausa, para aquecer mais ainda o coração dos fãs insaciados, a segunda etapa do show consistia em focar no segundo disco, e que para muitos fãs que estavam presentes, parecia ser esse o momento mais aguardado do show, já que para muitos ali, tem o disco “Antics” como seu predileto, além de ser o disco que jogou Interpol nas paradas de sucesso do mundo afora.
Crédito: Tháis Monteiro / @thaclicando
Diante das luzes que piscam sem parar em tons meio vermelhos e azulados, a intensidade de músicas como “Next Exit”, “Slow Hands”, “C’mere” e a poderosa “Evil”, era evidente refletida na plateia, que mal se tocava o primeiro riff no baixo e já o público respondia com o grito de “-Rosemary!”
Esse tipo de Indie rock imponente e atmosférico imposto pelo Interpol nunca sai de moda, assim como os ternos impecavelmente elegantes que o guitarrista Daniel Kessler usou no palco desde o primeiro dia, e que o vocalista Paul Banks e o baixista Brad Truax também adotaram nesta turnê.
Após encerrar a segunda e última etapa do show, a banda volta ao palco após uma rápida pausa para um bis, para um dos grandes momentos especiais do show, tocar um sucesso do primeiro disco, “Untitled”, onde Banks canta gentilmente sob uma guitarra repleta de ecos ajoelhado diante de seu set de pedais de efeitos, destoando sobre palavras melancólicas.
Crédito: Tháis Monteiro / @thaclicando
Por fim, não há razão para duvidar da qualidade musical de uma banda que já está por aí há mais de 20 anos conduzindo um espetáculo com tanta sinceridade, a personalidade de Banks no palco é tão séria quanto suas músicas Indie-pop efervescentes, e deixando certo de que todo fã que saiu de casa na noite de quarta-feira para prestigiar, não saiu decepcionado.
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