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Foto do escritorAllan de Menezes

Monsters Of Rock 2023: após oito anos, festival reuniu monstros do rock mundial no Allianz Park

Festival aconteceu neste sábado (22) e contou com o poderoso line-up completo composto por Doro, Helloween, Candlemass, Symphony X, , Scorpions e Kiss.


Foto: Ricardo Matsukawa


Na sua sétima edição no Brasil, a volta do Monsters of Rock 2023 após sete anos foi marcada pela presença de bandas consideraras sagradas do rock para uma celebração que marcou a despedida do Kiss em terras tupiniquins. Com a abertura dos portões às 10:00 horas da manhã, o público compareceu em cheio desde cedo, muitos com pinturas no rosto (homenageando a maquiagem característica dos integrantes do Kiss) para prestigiar os shows que iriam acontecer até 23 horas da noite.


O início do festival foi marcado pela presença da considerada rainha do heavy metal Doro Pesch, marcando o reencontro com o público brasileiro após uma década, apesar o sol escaldante de meio dia Doro e sua banda encararam o público que estava morno e que aguardava ansiosamente pelas outras atrações de peso, chamando atenção para si toda hora na tentativa de cativar o público que visivelmente não conhecia suficientemente o repertório da cantora que contava com músicas do Warlock, primeira banda de Pesch, e carreira solo, a cantora deu o bom dia ao público ao som de “Burning the Witches”, “Hellbound”, “Revenge”, “Fight for Rock” e ainda que no mais famoso hit “All We Are” o refrão não foi tão cantando pela plateia assim.


Foto: Ricardo Matsukawa


Dando continuidade ao festival, era vez do metal progressivo com a galera do

Symphony X, segunda banda a se apresentar e logo de primeira os caras abriram o

show com a poderosa “Nevermore”, cujo refrão, o pouco público que estava presente no

sol de meio dia cantou em uníssono. Aliás, público que Russell Allen faz questão de ter

na mão, diferente do que rolou na Doro, a plateia estava mais firme e aquecida que até

no final do show o público pedia mais músicas e Russel brincava com todos dando a

entender que rolaria mais, porém não possível devido ao curtíssimo tempo previsto para

as apresentações, tocando no total apenas sete musicas. O poderio da banda em cima do

palco é extraordinário, que inclusive esteve presente no brasil bem recentemente em turnê

para celebrar os 25 anos de banda.


Foto: Ricardo Matsukawa


Assim, se aproximando das 13:30 da tarde era a vez do maior desafio do dia, com a dura

missão de substituir a banda Saxon que havia sido anteriormente anunciada e teve que

cancelar a apresentação por motivos pessoais do guitarrista Paul Quinn, os Suecos do

Candlemass vestiram a camisa do monsters em cima da hora e decidiram cair em cima

pra poder provar pros fãs de heavy metal ali presentes de que o Doom Metal ainda

continua vivo, e mesmo apesar de ter o nome menos conhecido pelo público brasileiro

dessa edição, e toda desaprovação que rolou no anúncio da substituição como aponta

comentários insatisfeitos nas redes sociais do festival.


Porém tudo ficou sob controle, destaque para o vocalista Johan Längquist de 59 anos

que vem ao páis pela primeira vez e ainda possuindo uma potência vocal limpa e precisa

do jeito que estilo da banda pede, a banda abriu o show com a pesadissíma “Mirror

Mirror” e dando sequencia com as músicas “Bewitched” “The Well of Souls” e “Dark

are the Veils of Death”, assim o grupo soube conduzir um show de altissíma qualidade

e fascinante, e com certeza pro fã de heavy metal que não conhecia o Candlemass,

certamente saiu do show indo diretamente pesquisar a discografia.


Foto: Ricardo Matsukawa


Na sequência, era chegada a hora do power metal alemão dos gigantes do Helloween, que apesar da falha técnica da cortina na entrada da banda no palco fazendo perder um pouco do impacto do início do show, nada atrapalhou o humor e a super perfomance do grupo liderado pelos vocalistas Andi Deris e Michael Kiske. Sendo a partir da apresetanção deles que arrancou o entusiasmo do público com músicas como “Eagle Fly Free” em que o público veio abaixo com as seguintes “Future World”, cantada por Kiske, e “Power”, interpretada por Deris, e outros hits como “I’m Alive”, “Dr. Stein, “If I Could Fly” e finalizando o show com “I want out” o grupo deixou claro o motivo de ser um dos expoentes do power metal mundial.


Foto: Ricardo Matsukawa


Da alemanha para Inglaterra, indo do power metal direto para o super rock clássic britânico, o Deep Purple se apresentou pela primeira vez no Brasil com o novo guitarrista, Simon McBride, que entrou na banda em 2022 substituindo Steve Morse, que estava na função desde 1994.

Conquistando o público logo no início do show com o mega hit “highway star”, a banda já chegou mostrando que não velhinhos não estavam pra brincadeira, esbanjando energia, o Deep Purple com seu vocalista Ian Gillan no auge de seus 77 anos, conduziu o evento sob olhar atento do público, que vibrou a cada solo de guitarra, de baixo e viradas de bateria.


Na sequência do show, foi a vez do tecladista Don Airey considerado um verdadeiro monstro do rock por já gravado albúns com grandes bandas, como Ozzy osbourne, Rainbow, Whitesnake, Judas Priest e etc.., levantou a galera com um solo incrível fazendo uma linda sequência de homenagem a música brasi


leira interpretando musicas como Sampa”, “Brasileirinho”, “Tico Tico no Fubá e “Meu Brasil, Brasileiro” e já trazendo na sequência a intro da magnífica “Perfect Strangers”.


Para encerrar a primeira parte do show e deixar show no ápice (um dos momentos mais emocionantes da noite), com o super hino do rock “Smoke on The Water” o grupo fez o estádio lotado cantar a música a plenos pulmões, logo depois o Deep Purple ainda voltou para mais três músicas. No bis, os veteranos tocaram Hush, promoveram mais um solo empolgante e encerraram a noite memorável com Black Night.


Foto: Ricardo Matsukawa


Scorpions em noite de estreia na edição nacional do festival se mostrou o porquê de serem veteranos do rock e a segunda principal atração, os alemães deram uma aula de como se fazer rock n roll em pleno 58 anos de carreira, com uma vitalidade única não se deixaram ofuscar pela atração principal, com som super potente da bateria de Mikkey Dee e o imparável guitarrista Rudolf Schenker com suas breves corridas de um lado a outro do palco, em meio aos solos compartilhados com o colega Matthias Jabs. Tocaram seus grandes sucessos de carreira, entre eles, “Rock You Like A Hurricane”, “Still Loving You”, “Big City Nights” e “Wind Of Change” que contou com uma linda homenagem de Klaus Meine as vítimas da guerra da Ulcrâniam ao trocar os versos iniciais da música além de mostrar músicas de seu mais recente álbum, Rock Believer, gravado durante a pandemia. E assim o Scorpions mostrava pro público brasileiro que ainda têm muito combustível para gastar e com a conversa de que a banda poderia se aposentar em breve descartada e com disco recém lançado quem sabe voltar podem em breve.


Foto: Ricardo Matsukawa


Confira nossa cobertura:




No final, a atração principal o Kiss que está deixando de lado a maquiagem, as botas plataformas e os palcos do mundo arrastou famílias de roqueiros para testemunhar a verdadeira festa de despedida do rock n roll. Começando o show pontualmente às 21:00 entraram com o jogo ganho ao som de “Detroit Rock City”.


O show incendiário do quarteto maquiado era o mais aguardado da noite, mesmo sem maiores surpresas no setlist e performance nesta nova perna da “End of the Road”, turnê que promete, mais uma vez, ser a última da banda, no qual passou por São Paulo em menos de um ano, os maestros da cerimônia Stanley e Simmons fizeram a alegria de um público ávido por hits e pelo espetáculo que esperou o dia inteiro em em pé no calor intenso que se pendurou durante o dia.

O set recheado de clássicos como “Detroit Rock City”, “Shout It Out Loud”, “Calling Dr. Love, garantiram os aplausos, coro e claro, carinho da plateia. E chegando ao fim da despedida, a banda mais pirotécnica do planeta promoveu uma chuva de papel picado ao som de "Rock and roll all nite" encerrando uma apresentação de duas horas de uma banda que veio ao mundo para mostrar como é ser uma das bandas mais fantásticas da história do rock.


Que mesmo se despedindo dos palcos Paul Stanley no auge de seus 71 anos mostrou que ainda tem jogo de cintura e sabe como manter o público nas mãos, mesmo sua voz ficando cada vez mais fraca, isso não foi motivo pro showman fazer um show deixando a desejar. E assim como já era esperado, fogos, explosões e o voo de tirolesa sob o público fizeram a alegria de fãs de todas as idades que estavam presente no Allianz.


Logo após 12 horas de festival, o Mosters 2023 chegou ao fim mostrando que pode voltar pra ficar de vez na programação anual dos grandes festivais e provar que críticos da música pesada que o gênero musical mais popular do planeta vai sempre se manter vivo, pois se depender de quem foi ao Monsters of Rock, o heavy metal continua mais vivo do que nunca.



Foto: Ricardo Matsukawa


Confira nossa cobertura:


























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