Crédito: Diego Castanho (@dfiegocastanho) | Tenho Mais Discos Que amigos (@tmdqa)
Dando a largada em sua passagem pelo Brasil com a turnê “2022-23 Global Stadium Tour” o Red Hot Chili Peppers diante do Estádio do Nilton Santos manteve seu status de uma das maiores bandas do mundo, sendo fácil de se mostrar o quão improváveis os Red Hot Chili Peppers realmente são para lotar estádios.
Dessa vez contando com a volta de John Frusciante, que não se apresenta no Brasil com a banda desde 2002, no entanto a atmosfera da banda em cima dos palcos dessa vez seria outra. E logo de cara podemos sentir isso, quando cada um deles surge no palco, Chad Smith batendo forte no gongo de ouro e Flea no auge de seus 60 anos entrando no palco com as pernas pro ar, John como de costume sempre meio tímido no canto dele, assim a banda dá o start da apresentação com com uma interminável Jam session, e logo recompensa a paciência do público passando da alegre e eufórica “Can't Stop” em que traz Anthony Kiedis em uma entrada de palco triunfal e explosiva como sempre, e da animada para as instantâneas reconhecidas “The Zephyr Song” e “Snow”, já deu pra galera ir a loucura nos primeiros 15 minutos de show.
Tendo ficado quieto por uma década, Frusciante voltou a entrar no grupo com ‘Unlimited Love’ e ‘Return of the Dream Canteen’, que foram lançados em rápida sucessão no ano passado. Por alguma estranha reviravolta do destino, as faixas desses álbuns coincidem com grande parte do público que se dirige ao bar, como acontece evidente em “Here Ever After”, “Eddie” e “Tippa My Togue”. Do novo material, a sensual ‘Black Summer’, primeiro single lançado após seu retorno, fica mais confortável no set. Até quando agradavelmente, a estranha enunciação de Kiedis sobre suas letras permanece intacta no ao vivo quando ecoa pelas palavras: “China’s on the durrrk side of the mooooon”. Outra que se destacou bem foi “The Heavy Thing”, que a pedido de alguns fãs que encontram com Kiedis em seu hotel, o músico atendeu o recado e pra uma música bem tímida no disco, se sobressai ótima, ainda mais que o refrão é cantada por Frusciante de uma forma bem forte, deixando evidente que o guitarrista voltou pra ficar de vez.
Crédito: Diego Castanho (@dfiegocastanho) | Tenho Mais Discos Que amigos (@tmdqa)
Seguindo o ritmo frenético do show, Anthony estava tão conectado com o público que parecia um Maestro comandando uma orquestra musical, de fato, quando o grupo encabeçou a sequência de hits de seus álbuns mais aclamados, “Californication” e “Blood Sugar Sex Magic”, não teve uma pessoa naquele estádio que não parou de cantar sequer um minuto os grandes clássicos.
Assim, “Otherside”, “Suck My Kiss” e “Californication” foram as que mais roubaram a cena durante o show, e antes de vir o famoso bis, “By the Way” só faltou colocar o estádio abaixo de tanta energia que a galera tinha pra pular. E posteriormente durante o bis pra descontrair um pouco a galera, mensagens e cartazes eram mostradas no telão.
Já beirando por voltas das 22 h, o grupo retornou ao palco prontos para coroar aquela noite que já tinha começado de forma especial, a química que ressurgiu com a volta de John é auto explicativa, bastava olhar pro palco e ver a interação e a felicidades dos músicos de quase 60 anos, que pareciam garotos fazendo um ensaio aberto, e pra fechar com chave de ouro, a mais emocionante de todas, “Under The Bridge” fez qualquer um ali sentir cada acorde, cada timbre.
E pra fechar, Red Hot Chili Peppers não deixaria de fazer uma saideira especial, a fenomenal “Give It Away”, a música perfeita que ninguém coloca defeito, veio pra finalizar a primeira data da turnê nacional.
A banda que se apresentou em Brasília no último dia 07, se apresenta hoje em São Paulo (10), Curitiba (13) e Porto Alegre (16).
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