Crédito: Mari Pereira | @maripelab
A banda californiana, conhecida por letras duvidosas e totalmente satíricas, aterrisou em São Paulo no dia 19 de outubro e entregou tudo o que o público mais queria: uma noite hilária de glam rock com pinceladas de heavy metal - o puro suco da nostalgia brega dos aos 80. Quem esteve na Audio naquela quinta-feira com certeza se divertiu.
Steel Panther entrega um show carregado de performance e não foi diferente por aqui. Michael Starr, frontman e vocalista da banda, encara o personagem com maestria. Entrega vocais gritados, rebolados e muita conversa sobre "peitos grandes" e bundas. Satchel, guitarrista, lia toda hora alguma palavra em português escrita em sua mão - sua preferida era "pau pequeno". Talvez o humor politicamente incorreto seja apelativo demais para um público geral, mas esta não parecia ser a percepção no local, que brincava e reagia à cada piada tosca da banda.
Crédito: Mari Pereira | @maripelab
O set começou com "Eyes of A Panther", clássico do álbum Feel the Steel e deu o tom para o restante da noite. Os pontos altos vieram com "Asian Hooker" - com a participação de uma fã de descendência asiática no palco - e "Death to All But Metal" - uma das músicas mais aclamadas do show. Já na parte acústica, houve muita zoação e pouca música "de verdade": vários minutos de improvisações do baterista Stix Zadinia e da banda para "Girl From Oklahoma" trouxeram novamente o toque humorístico para o show - Satchel, brincando que mergulhou na música local em apenas 24h, trouxe uma versão inusitada à lá moda de viola.
Os integrantes sabem como entreter e obviamente extrapolam no teor sexual das piadas - especialmente com o público feminino. Durante todo o show haviam pedidos - da banda e público masculino - para verem peitos. Até que em certo momento, próximo do fim do set, diversas fãs foram convidas para subir no palco enquanto rolavam "Community Property" e "Party All Day (Fuck All Night)" - e mais pedidos por peitos, obiviamente.
O show termina com "Gloryhole" e "Party Like Tomorrow is the End of the World", deixando um saldo de muita falação, zoação e música divertida e escatológica. A banda pareceu estar satisfeita com a apresentação, já que falaram que São Paulo era a melhor cidade do mundo que esperavam voltar mais vezes. Será que eles vem? Público capaz de assistir ao show, eles tem.
Crédito: Mari Pereira | @maripelab
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