Festival ocorreu no museu do amanhã, no rio de janeiros, nos dias 7 e 8 de outubro.
Crédito: Raiany Black (@raianyblack)
Festival realizado pela Syntese, Coala Music e Fábrica, surgindo com a ideia promover notáveis encontros entre diferentes estilos, gêneros e gerações da música popular brasileira, e pra começo de conversa, nada mais nada menos do que poder realizar esses encontros a beira da baía da Guanabara bem aos fundos do museu do amanhã, e pra quem foi conferir esse formato de festival que vem ganhando destaque cada vez mais, e mesmo apesar da chuva não se arrependeu de ter presenciado esse grande festival.
E logo no primeiro dia de festival, pra começar com pé direito rolou o super encontro entre Russo Passapusso do BaianaSystem com a dupla icônica Antonio Carlos & Jocafi, que ambos já possuem um álbum denominado “Alto da Maravilha” que veio ao mundo 2022 e também é o nome do projeto que vem rodando por alguns lugares. Fazendo uma mistura do afrofunk com samba, começou o show com muita energia ao interpretarem a faixa de abertura do disco, “Aperta o Pé”. O show foi seguido por outras músicas do álbum como “Pitanga”, “Vapor de Cachoeira” e “Forrobodó”. e também contou com um momento mais intimista quando o grupo tocou “Mirê Mirê”, parceria com Gilberto Gil, e a delicada “Catendê”, interpretada por Curumim.
Crédito: Raiany Black (@raianyblack)
A apresentação também foi marcada pelo forte coro do público durante a apresentação de "Você Abusou", um dos maiores sucessos de Antonio Carlos e Jocafi, e "Paraquedas" e "Flor de Plástico" que faz parte do primeiro disco solo do Russo “Paraíso da Miragem” de 2014.
Assim, antes de dar sequência de super encontros, começou a cair a chuva forte no museu do amanhã que forçou o público a evacuar e se abrigar embaixo das estruturas do Museu, mais nada que um pouco de espera fizesse o público desanimar, e assim dito, por volta de 20 horas a chuva foi passando e o público pode se realocar pra voltar a programão normal.
Crédito: Raiany Black (@raianyblack)
Com isso, subia ao palco o rapper Criolo para uma apresentação pra lá de especial e diferente do que estamos acostumados a ver nas apresentações do cantor, dessa vez fazendo um apresentação voltada mais pro samba/pop, o show contou com a participação super especial de Leci Brandão e do cantor Silva, em seu set rolou músicas como: “Nas águas”, ”Desde que o samba é samba” de Caetano Veloso e Gilberto Gil e “Samba da Minha Terra” de Dorival Caymmi, logo mais, antes de Leci subir ao palco foi a vez do cantor Silva, que cantou junto de Criolo, algumas de suas músicas como “A cor é rosa” e “Fica tudo bem”
Após, singela participação de Silva, sobe ao palco a icônica Leci Brandão, e em um show onde o samba é homenageado, ninguém melhor do que Leci para mostrar o poder e representatividade e lugar de fala para poder cantar o samba, logo que entrou no palco já chegou roubando a cena e botando a galera pra cantar “Isso É Fundo De Quintal” e “Canta, canta minha gente”. Tamanha foi o poder de presença de Leci no evento que até Criolo ficou meio de cantinho, para que essa poderosa voz da música brasileira desse um show como ninguém, assim nesse astral se encerrava o primeiro dia do festival, que apesar da chuva, quem foi não se arrependeu de presenciar grandes encontros que rolaram, e tinha certeza de quem iria no dia seguinte, iria presenciar mais ainda.
Crédito: Raiany Black (@raianyblack)
Assim, chegado a vez do segundo dia, que também prometia de ser altas emoções e para abrir os trabalhos do domingo, logo ao pôr do sol da Guanabara, pontualmente as 17:30, subiu ao palco o ícone com mais de 50 anos de estrada de carreira, o irreverente Marcos Valle, que nos primeiros momentos de show, apresentou canções da sua vasta carreira musical, colocando todos pra sambar uma bossa nova no fim de tarde, a parceria de Marcos Valle pra esse festival, não seria ninguém mais ninguém menos que a Tulipa Ruiz, vencedora de um Grammy Latino, a cantora que vem se destacando cada vez no cenário da música brasileira, destacou a importância de Marcos Valle, e o quão era importante estar ali dividindo o palco com ele, no set dessa desse encontro, rolou músicas como: "Proporcional", "Com mais de 30" e "Novelos". Fora os super hits já embalados de sucesso de Marcos Valle, que quando toca, impossível não cantar e não ficar parado, como "Estrelar" e "Samba de verão".
Desse jeito, com grandes encontros que proporcionam grandes momentos, impossível não dizer que o festival que durou apenas um final de semana já estava deixando saudades, e logo já ia se preparando pro último encontro, aquele que era mais aguardado de todos.
Subindo ao palco como uma força da natureza, era chegada a vez de Maria Bethânia, uma das maiores, se não a maior, voz ainda viva da música popular brasileira, chegou com como um furacão fazendo do palco como se fosse um altar, regendo todo aquele público que esperava por uma apresentação impecável da cantora. E assim foi, antes da entrada da parceria que estava programada, a cantora desfilou músicas em sua passarela, como: "Índio", "Explode coração", entre outras.
Por mais que somente Maria Bethânia, seja quase um festival de emoções em uma única pessoa, o convidado Tim Bernardes que chegou pra somar no palco, parecia que havia multiplicado as emoções, pois logo já subiu ao palco pra cantar "Fera ferida" de Roberto Carlos com a diva e por um tempo, tocar alguns de seus sucessos pra deixar aquela noite de domingo, mais do que especial.
Com um set list de quase 27 músicas, vamos dizer que isso que é uma apresentação digna de um encontro entre gerações, que coloca muito artista internacional no bolso e mostra o poder da música brasileira que é capaz de fazer um espetáculo em um festival que abra as portas pra esses encontros, onde acontecem essas trocas de emoções, energias, seja entre o público ou entre os artistas consagrados e os novos, e antes de finalizar o evento que veio pra ficar, pois já promete ter uma nova edição em breve, Bethânia e Tim, além de terem interpretados canções juntos como "Mel" e "Prudência", encerraram em alto astral com " o que é o que é " e assim era finalizado a primeira edição do festival Vozes do amanhã.
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